terça-feira, março 27, 2007

Defesa contra a arte das trevas

Esses dias eu tava praticamente mordido pelo capeta. Espumando. Mais duas palavras erradas e eu pendurava alguém do avesso no poste. Tem neguinho que me tira do sério.

Engraçado que eu já fui um cara muito mais nervosinho. De uns bons anos pra cá isso mudou bastante. Bom pra todo mundo. Pra mim que não esquento mais a cabeça e pra quem tá em volta que não esquenta mais as orelhas.

Até a página 3, claro. Pra me botar no limite demora. Mas pra me tirar leva quase o dobro.

Andei chegando tão puto, cansado e pilhado em casa que tinha 3 alternativas: gritar, esmurrar alguma coisa ou cair no choro. Resolvi não fazer nenhuma das três.

Fui no supermercado comprar um saco de sal. Como minha ocupação gastronômica não está familiarizada com nada que leve sal grosso, demorei um pouco pra achar.

Aproveitei e comprei também um potão pra guardar. Fico imaginando a cara da Jô olhando um pote de sal daquele tamanho no armarinho do meu banheiro.

- Ô Seu Gastón, usei o sal que o senhor deixou lá no banheiro pra limpar a privada. Ficou branquinha. Mas a bunda do sinhô não vai ficar salgada não?

Contra uma bela zica, um bom banho de sal grosso. Tem que ser antes da meia-noite e, de preferência, as sextas-feiras. Palavras do Vô Toninho que sempre me benzia.


Coloca 3 punhados numa panelinha cheia de agua quente do chuveiro mesmo, logo que vira o registro pra dar tempo do sal dissolver um pouco. Toma seu banho normalmente e depois de fechar a água, pega a panelinha e vai jogando o conteúdo do pescoço pra baixo.


Depois é só secar com uma toalha limpa e não usar ela de novo até botar pra lavar. Quando secar, não esfregar a toalha. Vai apalpando até ficar seco.


Descarrego.


Os problemas continuam no mesmo lugar. Mas alguma coisa certamente desceu pelo ralo.

Men in pink

Há algum tempo eu ganhei uma camiseta cor-de-rosa. Nunca tinha usado. Outro dia resolvi tirar da gaveta.

Pois é né gente, vencendo o preconceito contra "cor de mulherzinha". Essa camiseta faz parte daquele seleto grupo de roupas que dizem a mim o quanto estou emagrecendo. Como o modelo é mais estreito, digamos que meu (ex)panceps cervejal ficava meio protuberante... Então eu evitava sair com ela na rua pra não ser confundido com um presunto ou parecer alucinação de hippie.

- Pô cara, esse chá é forte brother. Um elefante cor-de-rosa dirigindo aquele carro verde ó lá...

O fato é que isso acabou adiando a saida do armário. Da camiseta, claro.

A permissão concedida a esse tabu se limita ao uso de camisas e camisetas. Qualquer outra peça de roupa rosa vai mesmo te deixar com a masculinidade em risco. Aliás, vai te deixar com a noção em risco também.

É meio bull shit esse papo, eu sei. Até parece que pra mostrar que é gay alguém veste rosa.

Mesmo assim é quase pedir pra ser zuado. Sempre vai ter aquele amigo seu que vai soltar um "hummm tá de rosinha hoje". Vacilo vir assim pro trabalho. Mas é que nem quando seu time perde ou descobrem que você deu uns amassos na mulher do RH. Dá aquela zuadinha, tira um sarro, distribui uns e-mails e logo, logo o pessoal esquece.

Eh, se o sujeito deu a deixa é porque tá pedindo.

A recíproca é verdadeira porque eu também vou zuar se um amigo meu estiver de rosa. Aliás, desgraça total é se você e o seu amigo vierem no mesmo dia de rosa.

Engraçado que com mulher não tem disso né?

- Hummmm tá de azul marinho hoje heim? Você calça quanto mesmo?

Não dá.

Mas também esse papo tem seu outro lado da moeda. De que todo tabu que cai por terra, mesmo um tão cretino como esse, tem seu ar desafiador. Longe de ser natural, usar uma camisa rosa tem aquele ar de não dever nada pra ninguém.

Mas não vou facilitar não. Além do mais, eu ando tão branquelo que fico mesmo parecendo o beibe, o porquinho falante, quando coloco a tal roupa.

A camiseta tá servindo mas a carapuça não.

Sai pra lá que eu sou espada.

segunda-feira, março 26, 2007

O Café.

Não há bebida mais charmosa do que um café. Nem um bom vinho chega a tanto. O vinho perde porque trai os sentidos. O café é mais sincero. Quase austero. O café tem uma atmosfera única. Falar sobre ele, imaginá-lo fumegante numa xícara nos leva a algum lugar. Sempre um bom lugar.

Eu não bebo café. Não tenho afinidade com esse amargor. Infantilmente não tenho esse paladar. O que me encanta é seu cheiro. Já me sacia e satisfaz. Já me transporta.

Bebidas quentes me atrapalham. Se estão fervendo, me queimam o céu da boca. Se estão frias, se tornam intragáveis. Me parece que o café tem um ponto exato para ser tomado. Pois aí reside todo o meu problema: não gosto de saborear nada tão rápido. Rápido só para o urgente e insaciável. Gosto de bebericar enquanto ouço e falo. É hábito. Vício. Quase cigarro. Quase cafeína.

Mas algo com uma aura tão autêntica quanto um café, merecia mais tempo para ser apreciado.

Para entrar a passos curtos num romance, convida-se para um café. Algo tão descompromissado e ao mesmo tempo tão interessante. Breve como um gole quente que queima a garganta. O suficiente para dizer o que já estava tão claro. Sem a informalidade do almoço ou a intenção estampada do jantar. O café pode acabar rápido. Pode não acabar nunca.

Para sair a passos firmes de um romance, convida-se para um café. A brevidade da bebida, o gosto amargo. É o pior dos convites. Ainda que civilizado.

E eu que não bebo café, me engano com outra.

Um brinde aos que se enganam todos os dias. O fazemos todos nós afinal de contas.

domingo, março 25, 2007

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos.

A mulherada se cuida. Sempre se cuidou. E isso é ótimo, claro, ninguém tá reclamando não. Afinal de contas, quem não gosta de uma mulher preocupada em se manter bonita?

Mas sem nóia. Que fique bem claro que mais da metade das paranóias femininas em relação à beleza só são percebidas quando vocês mesmas dizem pra gente.

- Benhê, tô gorda.

- Gorda aonde? No dedão?

A gente não repara? Não é isso não, a gente não liga mesmo. Sim, tem um monte de coisas que a gente passa batido porque não tá nem aí.

Mas tudo bem, eu entendo. Afinal de contas o que o resto da mulherada vai dizer não é? Cinquenta por cento dos cuidados que vocês tomam na frente do espelho está focado em outras mulheres. Sim, pra falarem menos mal de você ou pra ficar mais gostosa que a concorrência.

Que é que foi, a concorrência tá braba?

Imagino que esteja. Mas é aí que eu queria chegar.

Quando a competição tá muito acirrada, o que a gente tem que fazer pra ganhar dela? Ser diferente do resto, certo?

Me diz então porque diabos toda mulher tem cabelo liso agora?

Cara é impressionante, todas elas estão com cabelo alisado.

Tá todo mundo ficando igual. Loira, morena, ruiva, preta, branca, mulata, todas tem cabelo de Japonesa.

Me diz uma coisa, o que é que tem de tão errado com umas ondas e cachos?

Eu gosto de mulher com cabelo liso. Mas também adoro mulher de cabelo cacheado, ondulado, comprido, curto, etc...

Cabelo curto pero no mucho, diga-se de passagem.

Bom, mas o fato é que antes a gente podia escolher.

E é sacanagem com que tem o cabelo liso naturalmente. Porque deixou de ser uma característica de algumas mulheres pra se tornar quase uma obrigação.

Sem falar que de costas confunde um bocado. Porque logo depois de olhar pra bunda, o cabelo é o que vem a seguir. Aí você imagina o que estará na parte da frente. E normalmente quem tem cabelo liso tem um biotipo mais ou menos definido.

Quando vira...

É cada um sabe onde o calo dói. Se quer ficar com a chapinha, fique à vontade. Mas que um raros cachinhos chamam a atenção, chamam mesmo.

Está lançada pela classe masculina de plantão a campanha “Salve as caraminholas”.

sexta-feira, março 23, 2007

Under Pressure.

Ah como é doce o sabor da... COBRANÇA. Nem voltou direito a escrever e já ta na minha cola. Pois é, na minha cola mesmo porque agora a Ana trabalha comigo.

A Ana é uma amiga de longa data. A gente trabalhou junto lá na W/Brasil, no tempo em que o Washington Olivetto era pop star e a agência dava nome pra música do Benjor. Os tempos mudaram.

Finalmente eu consegui arrastar essa mulher pra cá. Não foi por falta de tentativa, o assédio é antigo. Agora ela é online. Já não era sem tempo.

Pois bastou adentrar esse mesmo recinto todos os dias pra eu começar a botar pressão:

- Escuta aqui ô, vamos fazer um blog novo? Heim, heim, heim? Já fez o blog novo? E agora, fez? E agora? Agora fez? Agora? Heim? Agora fez.

Fez.

Vocês ficaram com abstinência do vida perra semana passada? E eu que passei sete meses sem minha dose diária de letrinhas?

Aliás, um dos argumentos pra contratar a Ana foi justamente esse.

- Aqui você vai ter mais tempo pra escrever seus Posts. Puro interesse.

Entrei no Pensatriz.

Vvvvvvzzzzhiiiiiiiiummmmmm.... zzzzznhooommmm vvvvvvvzzzzzziiiummmm....

Quase fui atingido por 3 urubus .

- Que é isso Ana? Tá querendo me matar?

- Ah querido, eu procurei tanto, tanto, mais tanto um template cool e moderno...

- Tudo bem, mas não precisava ir pro lado oposto. Por do Sol com esquadrilha de urubus? Ana você não pode fazer isso assim sem avisar. Se um bicho desses escapa no meu olho, isso cega! Aliás, isso cega de qualquer jeito.

Vocês já repararam que tem uma hora que os urubus ficam meio doidões?

Outra coisa que eu não consigo deixar de pensar toda vez que vejo esse header: aquela música do Luan e Vanessa.

“O seu nome eu escreviiiiiiiiiiiii, na areiaaaaaaaa, quatro semanas de amoooooooor.....”

E o granito em volta? Tipo, tem uma pia de cozinha no blog.

Degradê Ana, tem degradê... degradê de roxo pra laranja...

Agora que ela botou o blog no ar, a pressão mudou de lado. A Ana quer que eu faça um template novo pro Pensatriz. Essa mulher não dá ponto sem nó não gente. E eu caio que nem um patinho aqui espinafrando o layout.

Sou mirim mesmo.

Bom, é o mínimo né? Afinal de contas, quem me inspirou a escrever foi ela. É uma dívida e tanto pra quem hoje em dia sonha ser escritor.

Tá bom Ana, tá bom. Eu me rendo.

terça-feira, março 20, 2007

Os nossos comerciais

Gente,

O assunto dieta tem sido recorrente aqui. Claro, afinal de contas eu estou fazendo uma há quase 3 meses.

Algumas pessoas tem me pedido o telefone da minha Nutricionista. E é com o maior prazer que eu passo adiante essa dica que recebi de uma amiga muito querida. Com certeza ela vai concordar com tudo o que vem a seguir.


Pra mim, nutrição é a única coisa que realmente funciona. Tô perdendo peso e tô bem. Não tem fórmula mágica nem remédio. O lance não é fechar a boca não, é usar ela pra comer as coisas certas na hora certa. Disciplina e não sacrifício. Esse é o segredo.

O legal é que, independente do seu ritmo de vida, horários e preferências, sempre há um meio de fazer uma dieta legal. É algo que se adapta a você e não o contrário. Não tem desculpa. Precisa se privar de algumas coisas? Claro que sim. Mas o importante é entender que o mundo não vai acabar amanhã e a Pizza não vai ser proibida em território nacional.

Dá pra comer de tudo? Praticamente tudo. É só saber dosar e equilibrar. A escolha é sua.

Se eu tô levando alguma coisa da Cynthia pra fazer propaganda no blog?

Óbvio que não, é agradecimento mesmo. E olha que eu ainda tenho um longo caminho pela frente.

Fora que ela te põe na maior pilha e é uma pessoa incrível.

Vai lá e me conta.

Cynthia Antonaccio
Equilibrium Healthy Food.
Tel: 3284.1003
Pça Amadeu Amaral, 27 - 6º andar.

segunda-feira, março 19, 2007

Cai-Cai calção.

Estou com problemas. Problemas com os diversos tamanhos de roupa que estão no meu armário. O que eu tenho não me serve mais. O que eu tinha de outros tempos voltou a servir mas tá meio fora de moda. Comprar roupas novas está fora de questão porque daqui a pouco também vai ficar largo.

Caceta.

Acho que o jeito vai ser andar brega ou comprar um radião gigante pra apoiar no ombro combinando com as minhas calças jeans que mostram metade da cueca.

- E aí mano, firmeza? Sente o som.

Camiseta tudo bem, eu uso mais larga e não tem problema. Agora calça...

Dos meus 5 jeans, 2 estão parecendo figurino do bozo, dois do Faustão e um rola com ajuda do cinto. Ou seja: tem dia que eu venho de palhaço e tem dia que eu venho de cinto.

Os bolsos de trás tão no meio da coxa.

Não posso andar de celular no bolso se não faz peso e a calça cai mais ainda.

Se bate um vento eu viro praticamente uma caravela.

O zíper às vezes faia.

A bunda fica murcha e parece que eu caguei nas calças.

O cinto me faz parar toda vez na porta do banco.

Pelo menos eu não tenho cabeça grande. Tenho um amigo que toda vez que emagrece fica parecendo um pirulito.

Claro que tem o lado bom da coisa. Nada se compara a botar uma calça que te deixava quase estéril se quisesse tentar.

Mas que anda difícil se vestir, isso anda.

Mas anda devagar pra não tropeçar na barra.

quarta-feira, março 14, 2007

Siga aquele elefante

Eu sou o sujeito mais careta que eu conheço. Tirando cheetos tubinho e dipilik de uva eu nunca usei drogas pesadas. Nem leves. Eu bebo. Bebo bem às vezes. E fica só nisso. Mas eu tenho vontade de tomar um chazinho de zabumba ou coisa do tipo qualquer dia. Ficar bem doidão com esses alucinógenos que o pessoal diz que o céu começa a mudar de cor, os limões sorriem pra você e aparecem uns elefantes verdes voando na sua frente. Isso sim é barato. Porque tomar alguma coisa pra ficar pilhado ou ficar bobo não faz o menor sentido.

Conheço um cara que certa vez foi pra São Tomé das letras - capital mundial da prática badauê e das observação de discos voadores. Claro né, se lá o chá das cinco é de lírio, o mais normal que elas vêem é ET. Ele foi acampar com mais dois amigos.

Pausa nessa estória pra constatar que isso realmente não se passou comigo. Ir pra São Tomé das letras acampar?????? Sabe qual é a chance?

Bom, voltemos ao relato. A noite os caras encontraram uma turma de hippies (uma das 482 turmas de Hippies) com uma jarrinha na mão, sentados em torno de uma fogueira tocando músicas do Raul Seixas no violão. Que visão do inferno... Os três se juntaram à turminha maluco beleza e começaram a cantar. A uma certa hora dos acontecimentos, meu amigo perguntou o que tinha na tal jarra.

- É um chá?
- Chá de que?
- Um chá natural pra ver coisas diferentes.

Chá pra ver coisas diferentes? Não teve dúvida, mandou um copão pra dentro.

Dali alguns minutos começou a ter várias alucinações. As árvores estavam cantando Raul Seixas, o céu tava cor de laranja, tudo parecia mais vivo, etc...

Bom, passada algumas horas ele voltou pra barraca e dormiu.

No dia seguinte, acordou com uma fome monstruosa. Por causa do barato esqueceu completamente de comer. Levantou e foi a pé até a cidade. No caminho encontrou um dos amigos.

- Cara, tô com muita fome.
- Eu também, nem comi nada ontem.
- Nem eu.
- Vamos ali ó, tem uma lanchonete.
- Vamos sim.

Chagando na lanchonete:

- Vou mandar um x-salada. E você cara, quer comer o que?
- Também vou de x-salada. Boa.
- Amigo, vê um x-salada pra mim e outro pro meu amigo aqui. E duas cocas.

Comeram e papearam sobre a noite anterior.

Pagaram a conta e foram embora. Voltaram os dois pela cidade até o acampamento.

Chegando lá ele abriu a barraca e o cara com quem ele foi tomar o lanche na verdade ainda tava dormindo.

Esse mesmo amigo meu uma vez ficou preso no banheiro. A Porta sumiu.


Pensando bem, acho que não vou beber essas porcarias não. Vai que eu encontro um pé de Raulzito...

Tiempos Perríssimos

Nicknames no messenger do pessoal aqui da agência nessa quarta-feira, 14 de março:

"b-b-b-b-b-b-busy"

"pára tudo que eu quero descer"

"acaba semanada fdp 3/5"

"movimento acaba semana filha da puta"

"concurso quem se fudeu mais essa semana"

"correndo bravamente do óleo quente"

"subtraindo o número dos dias"

"run lola, run!"

"socooooooooorrrrrooooo"

É, tempos difíceis.

terça-feira, março 13, 2007

Respeitável público

Adoro teatro. Se eu vou ao teatro é com gosto que sento numa das fileiras pra ficar assistindo. Mas peça com interação do público... Já paguei o ingresso, não quero pagar mico também. E isso quem tá falando é um sujeito que passou um terço da própria vida em cima do palco. Quando vejo que vai ter participação de alguém da platéia já começo a suar frio.

Por isso dou preferência para as cadeiras do meio e mais ao fundo. Lá dificilmente alguém vai me encher o saco. E aquela cara de que não é com você quando o ator desce pra pegar alguém pra cristo? Metade do teatro fica disfarçando, olhando pro nada, com um sorrizinho amarelo na cara, fingindo que não respira e tentando ficar invisível.

Passa longe pelo amor de deus.

Também não sou chegado em espetáculo inesperadamente obrigatório. Me lembro de uma vez em Embu das Artes, almoçando num daqueles restaurantes típicos de pé na jaca da região quando um bobo da corte de 2 metros de altura entra no recinto e começa a recitar poesias entre as mesas. Preparei um torresmo de emergência pra acertar no olho do infeliz se ele ultrapassasse uma certa margem de segurança anti artista mambembe.

Todo mundo para de comer, de conversar, de se mover e fica com aquela cara de idiota descrita acima, rezando pro cara terminar logo e se mandar. Sei lá porque, mas constrange a maioria das pessoas. A mim inclusive. Sem falar que a comida esfria. Meu tutu ficou gelado.

No fim das contas o bobo que de bobo só tem o nome tira o chapeuzinho e recolhe uma grana. Aí quem se faz de idiota sou eu e não dou nada.

E moleque malabarista de farol? Ô coisa constrangedora. E meio burra também ? Porque quando era novidade a gente até dava uma moedinha pelo "espetáculo". Mas agora que tem cinco moleques se contorcendo na frente do seu carro em cada sinal vermelho de São Paulo... esses meninos precisam de uma aulinha de logística. Já que é pra pedir grana, com o famoso "ô tio, dá um trocado?" ele consegue abordar uns 10 carros por farol fechado. Fazendo malabarismo ele fica lá que nem um tonto na frente de um carro só, cansa os braços e não ganha nada. E a gente fica fingindo que tá mexendo no rádio, vendo celular, abrindo porta-luvas....

Bem que eles tentam dar uma variada usando pauzinho, tacando fogo, dando voltinha...

Me lembro de uma vez, ali na Faria Lima, quando dois moleques vestidos de calça social e camisa branca começaram a dançar uma coreografia sincronizada na frente do meu carro. Achei aquilo sensacional. Dei uma grana pros dois. Mas depois fiquei pensando se a moda pega. Setecentas duplas de funk coreografado dançando passinhos na cidade. É difícil ser original hoje em dia.

Gosto de cada coisa no seu devido lugar. Platéia na platéia, ator no palco, malabarista no circo e bobo da corte poeta no quinto dos infernos.

De surpresa já chega a minha fatura do cartão de crédito.

segunda-feira, março 12, 2007

Relatório

Há tempos que eu não dou satisfação sobre a quantas anda meu projeto Saci Pererê 2007.

Não desisti não, tô firme e forte . Tá, não tão forte ainda mas tô indo na academia.

Pra quem não sabe, o Projeto Saci Pererê é aquele que consiste em cortar fora uma das pernas caso o participante não atinja o peso ideal. Se não perde gordura, se livra de alguma coisa pra ficar mais leve. Meio Taliban o esquema. Mas gordo sem vergonha só funciona na base da ameaça.

Vou lançar um livro e superar o Dr. Atkins.

Tô aqui na minha décima primeira semana de dieta. As pessoas ficam abismadas com a minha força de vontade. Se há dois meses atrás acordassem de manhã e me vissem pelado no espelho do banheiro elas iam entender.

Por falar em banheiro, tirei a balança de lá. Se não me pesava toda hora. Agora tem dia oficial de pesagem: sexta-feira.

Bom, mas desde o dia 2 de janeiro, 8 quilos já se foram. A metade do caminho. Já tô aceitando arrancar a perna só até o joelho.

É bastante coisa. Amanhã vai no mercado, pega um belo saco de feijão, põe no carrinho e dá um rolê pra vc ver. Pensa que eu tô andando sem isso e minha pança nem tem rodinha.

Sim, a gente pode estabelecer muitas unidades de medida interessantes pra representar meus 8 quilos a menos.

Eu perdi o equivalente a:

- 8 sacos de açúcar.

- A coleção Vagalume

- 1 Chiuaua sedentário.

- 1 motorola elite III

- 1 sanfona

- 1 pizza quatro queijos do Michelluccio

Já pensou que bacana?

- Nossa Gasta, você já perdeu quanto?

- Um Estadão de domingo e meio.

Gordinho cretino...

E as pessoas percebem mesmo que tá faltando alguma coisa. No caso, alguma coisa que não faz a menor falta.


Isso te proporciona bons momentos como duas amigas passarem de carro por você e não te reconhecerem andando na calçada. Aquela mulher que você tá louco pra dar uns pegas comentar com alguém em off que vc tá mais magro. Se sentir um pouquinho menos invisível quando tá malhando na academia. Botar uma calça que não vencia a fronteira entre sua buzanfa e a cintura há um tempão.

É bom. E ainda vem muito mais pela frente.

Quem investir vai se dar bem .

domingo, março 11, 2007

Sexo, intrigas e traição.

Ando cansado dessa turba de Politicamente Corretos. Cambada de empata foda. Em todo canto aparece alguém com o dedo engessado. Um chato que faz cara de quem pisou na merda pra tudo. Até aqui no Vida Perra andou circulando um ou outro. No anonimato, claro. O cara é chato mas não é otário de sair botando a cara pra bater. Vem com seu discurso salvador e enfia a cara embaixo da terra.

E vou logo avisando aos narizes tortos de plantão: isso não é uma casa de respeito e muito menos de família. Isso é um blog de humor. As pessoas vêem aqui para, bem ou mal, rirem delas mesmas, dos outros e de mim. Ninguém precisa concordar com o que é dito. Muitas vezes nem eu concordo comigo mesmo. Não sou um pretenso formador de opinião com minhas cronicas. Sou um observador do cotidiano. Um tirador de sarro. Sarcástico, ácido, pejorativo e levemente chauvinista.

Outro dia deixaram um comentário no meu post sobre o secador de mão. O sujeito me pergunta se eu já ouvi falar em legislação e seu eu cumpro a lei. Cola um artigo de lei sobre obrigatoriedade de utilização de materiais de limpeza, enxugo ou secagem das mãos a ar quente.

Primeiro que a pessoa interpretou erroneamente a tal lei. Jogou o espinafre pra cima e caiu na cara.

Segundo que eu lá quero saber se é obrigatório ou não? Eu lá sou dono de alguma coisa pra ter secador de mão?

E o sujeito que ficou absolutamente revoltado comigo depois de um post que eu escrevi zuando o Martinho da Vila? Vou requentar esse texto um dia desses só pra espezinhar... O Martinho fazia propaganda de pós-graduação pra uma universidade. O cara deixou um manifesto me chamando de inculto, pedindo a todos para não me darem mais ouvidos, não lerem mais meu blog, que o Martinho era um bastião da música popular brasileira...

Tá, mas eu sou publicitário e jamais colocaria ele numa campanha de Pós-Graduação. Com todo respeito a contribuição cultural dele ao cancioneiro nacional, não consegui ainda achar relação entre "Já tive mulheres de todas as cores" com uma especialização em bioquímica. A não ser que tenham inventado um remédio pra deixar igual a um smurf.

Jura que me levam a sério? Jura que tem gente que lê as coisas estapafúrdias que eu escrevo e toma as dores de um secador de mão? Existe a sociedade protetora dos secadores de mão? Secadores de mão anônimos? Secadores de mão que amam de mais? Adote um secador de mão?

- Oi, meu nome é Gastón e eu estou há 5 meses sem secar a mão.

E o mais curioso é que esse tipo de pessoa se dá ao trabalho de querer corrigir. Ela não sabe diferenciar uma crítica duma piada. Ela não sabe o que é humor negro. Ops, desculpa, humor afro-brasileiro. Se não ofende.

O mundo tá ficando cada dia mais careta. Então engomando, colocando babadinhos e gravatinha borboleta no mundo.

Tudo ofende, tudo é errado, tudo pode dar mal exemplo.

Agora me diz: alguém aí é alcoólatra, racista, vagabundo e fala "erradis" só porque assistia trapalhões quando era criança? Bom eu tomo uma cerveja além da conta mas o não dá pra botar a culpa no Mussum.


Longe de ser irresponsável, na minha falsamente despretensiosa pseudo literatura, procuro sempre trazer um momento divertido pro dia a dia das pessoas. Simples assim.


Só é necessário bom senso. E bom senso de humor também.


Pois é. Voltei e voltei afiado.

quinta-feira, março 01, 2007

Novas frentes

Tá realmente difícil de postar. E assim vai ser provavelmente até semana que vem. Tudo por causa de uma palestra que eu tenho que fazer na próxima sexta. Responsa.

Bom, enquanto isso eu vou enganando meus leitores.

Recentemente eu criei um Flickr. Incentivado pelo meu amigo Rods, o Paparazzi sem freio.

Nada muito pretencioso. Pelo menos até eu ter uma câmera digital que presta.

Fica aqui como leitura. Faz de conta que é um livro só de figuras ;0)

Vai lá me visitar.

 
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