segunda-feira, dezembro 11, 2006

Vegetal de estimação.

Eu comprei uma Pitangueira. Tenho consciência de que moro num apartamento, mas minha varanda é suficientemente espaçosa para abrigar uma arvorezinha com meia dúzia de galhos.

Sim, ela vai crescer. Aliás, ela está crescendo. Antes que minha varanda vire um território selvagem, com macacos e acidentes aéreos da Gol, vou podando um pouquinho aqui e outro ali pra não ocupar muito espaço.

É legal ter uma planta em casa. Alegra o ambiente, é bonito... e uma árvore frutífera tem a graça de uma vez por ano ver as pitanguinhas crescendo e indo pro seu estômago. Ou pra um belo copo de caipirinha de Pitanga. Que também vai pro seu estômago.

Uau.

Agora que vocês já sabem tudo sobre ter uma planta em casa, vamos ao que realmente interessa: eu queria ter um cachorro.

Pois é, tive peixe chamado Rex e planta carnívora chamada Totó. Tudo isso por sérios problemas psicológicos devido a falta de um animal de estimação decente.

A vida inteira eu fui vetado de arrumar um. Foram várias tentativas, vários vira-latas levados pra casa. Mas sempre tive que arrumar outros donos pra eles.

E agora eu me lasquei de vez. Morando sozinho num ap é que eu nunca vou ter um mesmo. Não pelo fato de estar num apartamento, mas porque cães não foram feitos pra passar o dia sozinhos. O bicho ia devorar minha casa inteira, mijar na minha cama e se jogar da janela de tanto tédio.

Por isso que apelei pra árvore.

Não é a mesma coisa. Aliás, não passa nem perto. No começo eu até conversava um pouco com ela. Dizem que as plantas crescem quando a gente conversa.

Tentei ensinar a minha Pitangueira a abanar o galhinho quando eu chego. Ela não faz festa, não traz o jornal, não lambe sua cara e nem vai buscar a bolinha. É meio paradona sabe, só bebe água dia sim, dia não e fica lá... assim, como poderia dizer... paradona.

As vezes bate um vento. Pois é, verdade.


Daqui a pouco quem vai devorar a casa inteira, mijar na cama e se jogar da sacada de tédio sou eu.

Não sei, acho que vou dar um nome pra minha Pitangueira. Quem sabe ela acostuma e começa a reagir? De repente ela não responde porque não sabe que é com ela.

Acho que não adianta. Mas se a vida é mesmo perra, quero saber cadê meu cachorro.

21 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Eu te entendo...

Sempre tive cachorro. Desde que me entendo por gente. Quando vim para São Paulo tive que deixar meus filhotes com a avó (minha mãe... e sim, quem tem cachorro começa a fazer essas coisas de falar "Vem com a mamãe!" "Vovó vai ficar brava pq você fez xixi na bolsa delaaaaaaa.")

Agora, morando sozinha, tenho que substituir essa carência com outros seres. Tentei plantas, não deu muito certo... Hamster! É... bem... não são muito animadas, né, mas pelo menos interagem um pouquinho.

Mesmo assim, finais de semana quando fico carente em São Paulo, sempre tem a ameaça de comprar um cachorro... Sempre.

10:09 AM

 
Anonymous Anônimo said...

É Gastón... quando casei, minha mãe disse, vc vai o seu cachorro fica... era o Caramelo que agora me ignora e é todo da minha mãe. Mas a vida sem cachorro pra mim é triste, xoxa, sem cor. Não tem preço chegar em casa e receber uma festa surpresa, um tapetinho sendo carregado para te mostrar, as luzes de natal enrroladas neles, a alegria de me mostrar a coleira sempre que estou de pijama e despenteada. E quando chega visita... um xixi de emoção. Não tem preço no mundo. Vai fundo. Compra um. E cria ele para ser seu companheiro legal, que vc pode levar a bares, restaurantes, e de dia... liga no Cartoon Network, eles adoram. E eles comem plantinhas, quem sabe a sua Pitangueira não se manifesta? bjs Re

10:42 AM

 
Blogger Sobre groselhas e petit gateaus said...

Olha, eu sei bem pelo que você está passando.

Moro em SP há alguns anos e sempre quis um bichinho. Fiquei um bom tempo naquele dilema de 'mas o bichinho vai ficar solitário, entendiado, blablabla' e fui enchendo a casa de plantas.

Aí deu 5 minutos e adotei uma gatinha, a Julieta. Ela é linda e independente (e eu sou só um pouquinho coruja). A minha amiga que divide o apê comigo, resolveu adotar uma cachorrinha, a Lou Salomé. Agora as duas são as melhores amigas e fazem um trabalho de equipe exemplar: a Julieta derruba as coisas que estão no alto e a Lou Salomé destrói.

Apesar de algumas coisas chatas (tipo as folhas roídas da minha orquídea e o gloss da lancôme destruído), não tem coisa melhor do que chegar em casa e ser recepcionada pelas duas.

10:46 AM

 
Anonymous Anônimo said...

Gostei muito do seu blog, que retrata uma rotina bem escrita. Sem falar no Coronel Mostarda, que me deu uma tensa vontade de jogar Detetive. Também comecei um blog; não é o primeiro que tenho, mas espero que vá para frente. Bjos

10:59 AM

 
Anonymous Anônimo said...

Chama ela de au au pra ver se ela se inspira!

12:20 PM

 
Blogger Gastón said...

Fê, você tem Hamsters. E digo mais: foi o Hamster que botou pra nóis beber.

Rê, xixi de emoção é bonito. Um bicho que não se contém de tanta alegria que chega a fazer xixi de felicidade realmetne merece seu carinho.

Dani, sua amiga é psicóloga certo? Porque chamar a cachorra de Lou Salomé, só pode. Achei o máximo ação em conjunto. Ainda mais se tratando de gato e cão. Unindo forças contras as leis da natureza. Pensei num gato mas achei que o meu sofá merecia melhor sorte do que virar afiador de garras.

Jeannie, obrigado pela visita e pelos elogios. Espero que venha e comente sempre. Pode eixar que a gente vai lá no seu blog te encher o saco quando você não escreve ;0)

1:12 PM

 
Blogger Gastón said...

Anonimo, depois de peixe Rex e Planta carnívora Totó eu fui pra terapia. Minha psico não me dá alta se eu chamar a pitangueira de au au, tenho que resistir.

1:13 PM

 
Blogger Sobre groselhas e petit gateaus said...

Gastón, a minha amiga não é psicóloga, mas leu o 'Quando Nietzsche chorou' e achou que agora era a única chance de chamar 'alguém' de Lou Salomé.

Quanto ao sofá: a combinação gato + sofá novo (como era o meu) realmente não é das melhores, meu berinjela que o diga...

1:36 PM

 
Blogger Unknown said...

faz tempo eu não vejo um blog tão bom sobre o cotidiano... minha amiga que indicou... também sou amiga da amiga que tem um cachorro chamado lou salomé - é a única maneira de ter um intelectual dócil em casa, aliás.

adorei... vou olhar mais

1:48 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Tio Gastón
vai no www.adoteumgatinho.com.br, que é da tia Susan, que me achou dentro duma caixinha, e leva pra casa um amiguinho felino.
Você não vai se arrepender.
Ao contrário do que imaginam por aí, nós somos muito carinhosos, adoramos nossos donos, imploramos por atenção, comemos como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte e não fosse mais haver comida.
De vez em quando destruímos uma coisinha aqui outra ali, mas a culpa não é nossa, é que a gente gosta de dar uma olhadinha nas coisas, sabe? E aí, ops!, às vezes cai...
Vai, tio Gastón, adota uma siamesinha como eu!
ronrons da
Cindy Quebra-Barraco

2:00 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Levantem suas bandeiras, andemos juntos de braços dados, cantando: queremos um cão! queremos um cão! queremos um cão!
Enquanto isso, chama a pitagueira de Camila e pronto!
MH (sem conseguir entrar com meu log-in)

2:18 PM

 
Blogger Gastón said...

Algumas pessoas não estão conseguindo comentar. É problema do Blogger, não sei porque uns conseguem e outros não. Tentem mais tarde. Mas não deixem de comentar não tá?

Yara, tô feliz de ver tanta gente nova aparecendo e comentando hoje aqui no Vida Perra. Que bom que curtiu, espero que venha sempre. Será sempre bem vinda.

Cindy quebra barraco, eu conheço essa conversinha mole pra gato dormir. Entre o sofá e o gato destruidor de sofá, ainda fico com o móvel.

3:47 PM

 
Anonymous Anônimo said...

A gente não destrói sofá não, tio Gastón, a gente só dá uma repaginada nele, deixa assim mais rústico sabe?
Cindy

4:18 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Opa, já tem uns dias que eu não comento e já me desculpando de acordo com o tema: ando trabalhando feito um cachorro.

E quando não trabalho, bebo. Ando bebendo tanto que ando pensando em comprar um cachorro para me lamber a cara. Assim, pelo menos, é um cachorro que eu conheço.

Ainda fugindo do assunto, vou aparecer nesse almoço amanhã. Pode falar pra Monika separar aquele potinho com o nome RODS.

7:03 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Eu estou com a Cindy: a melhor opção é adotar um focinho felino carente e acabar com esse tédio total. Eu adotei uma dupla dinâmica ( e põe dinâmina nisso ) e não me arrependo. Eles passam o dia lendo Casa Cláudia e mudando a decoração da casa ( não sobrou uma cortinha ou um sofá intacto !!)
Abraços,
Sofia ( Longas Cartas para Ninguém )

8:24 PM

 
Blogger Gastón said...

Rods, como assim? Não comenta mais e ainda fala que tá bebendo sem me convidar? Sacanagem.

Sofia, eu tenho dó de deixar o bichinho sozinho aqui em casa o dia todo. Ainda mais com um dono meio baladeiro de plantão.

9:03 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Gaston,

Mas foi por isso que eu adotei uma dupla. Um faz companhia ao outro e ainda podem traças todas as estratégias para "redecorar" a casa. Até as cadeiras mudaram de lugar ... um show !!
Abraços,
Sofia ( Longas Cartas )
ainda sem conseguir comentar ...

11:59 AM

 
Blogger Tati said...

cachorro não sei, mas pode ter certeza que quando as pitangas efetivamente aparecerem você ganhará bichinhos de estimação, vivinhos da silva: VESPAS...... elas adoooooram pitanga.....
beijos
tati...

9:54 AM

 
Anonymous Anônimo said...

I know your ways, Gastón!!!!
Sei que nada na vida acontece por acaso. Nem um post, aparentemente inocente, foi colocado nesse blog à toa.

Pode consultar suas fontes e se atualizar no assunto.

1:16 PM

 
Anonymous Anônimo said...

ah, é a mc... q saco q é postar aqui!

1:16 PM

 
Blogger Tubarc said...

Aprenda sobre a idéia e benefícios em transformar o Brasil num grande Pomar Tropical.

http://frutificacaopublica.blogspot.com/

Elson

5:47 PM

 

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