domingo, setembro 24, 2006

Experiência Culinária 1

Nível da experiência: fácil
Nível de efeito moral: baixíssimo
Categoria: Massas

Bom, hoje eu fiz meu primeiro macarrão. Isso, é claro, sem levar em conta as toneladas de miojo que já cozinhei durante essa pobre existência.

Eu comprei um Fuzilli da Barilla há umas semanas atrás. E antes que a Jô coma o pacote inteiro, resolvi cozinhar um pouco.

Durante a semana fico sem tempo (e saco) pra cozinhar. Chegar da agência umas 21:00 e preparar comida, comer, lavar louça... não obrigado. Durante a semana o esquema é jogar alguma coisa pro George Foreman resolver e temperar uma salada. Ou apelar pra um sanduíche.

Mas nesse domingão friorento, lazarento e garoento, resolvi investir na qualidade gastronômica daqui de casa e preparar minha priemeira pasta.

Eu sei que é ridículo.

Deve ter um punhado de mulheres se contorcendo de rir e me chamando de mirim.

Ok, então imaginem o seguinte: fazer o primeiro macarrão está para um homem solteiro e recém expurgado do lar materno assim como a necessidade de reinstalar o sistema operacional do seu computador para uma mulher minimamente, como poderia dizer, penélope. Eu sei que toquei o âmago de várias senhoritas agora...

Você tem os CDs, você tem o computador, você tem seus backups, você tem instruções na tela, mas algo sempre pode sair errado.

Pois eu tinha panelas, molho, macarrão, steaks empanados de frango, instruções da minha irmã por telefone e algo também podia sair errado.

Fervi a água, coloquei o sal e joguei o macarrão. Enquanto isso meu steak de frango grelhava no George Foreman. Quando vi que a massa estava a meio caminho de ficar pronta, esquentei o molho. Com o macarrão pronto, escorri e joguei na panela do molho. Misturei e no fim de tudo coloquei minha muzzarela de búfala picada. Coloquei no prato e tirei o frango prontinho.

Resultados da experiência:

Cozimento da massa: no ponto certo
Quantidade de sal: ótima
Molho: de lata...
Grau de sofisticação: sofrível (salvo apenas pela muzzarela de búfala picada...)
Grau de contentamento: médio.

Próximo passo rumo ao estrelato culinário: comprar massa de tomate ao invés de molho pronto e prepará-la com cebola refogada, alho e manjeiricão. Isso é molho nivel 2.

Antes de choverem receitas e dicas, lembrem-se: um passo de cada vez. Primeiro ter que lixar parede. Depois lutar.

sexta-feira, setembro 22, 2006

O mongo e o executivo

Esse monte de livros pra executivos traz um grande benefício para a sociedade.

Eles não tornam ninguém rico do dia pra noite (já viu alguém que sabe uma fórmula mágica pra ficar rico sair contando pra todo mundo?) mas com certeza ajudam no bom humor de pessoas que, como eu, perdem todos os amigos executivos mas não perdem a piada.

Tô falando mais especificamente sobre os termos em inglês cunhados por esses gurus dos negócios e que todo mundo sai repetindo por aí. Só que ninguém se dá ao trabalho de traduzir. Em inglês deve ter mais impacto... e ficar mais chique, claro.

Só que me dá uma vontade danada de rir quando to conversando com alguém assim.

- Pô Gaston, assim não dá. Sabe, tem que ter um get along!

- É?

- É rapaz. Se não fica, sei lá, meio below the line.

- É?

- Sei lá, eu to meio que tentando dar um thinking outside of the box sabe...

- Acho que sei.

- Mas ela não corresponde. Preciso de um follow!

- É, assim é ruim mesmo.

- Cansei desse misanderstood todo. Parece que não entende o que eu falo...

- Ela sabe falar inglês?

- Porque?

- Não, por nada. É só uma dúvida que me ocorreu...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Mãos de quiabo

Minha empregada de novo

A mulher devia seriamente pensar em mudar de área. Um mês e meio aqui em casa, uma vez por semana e o currículo dela já é aceito em qualquer empresa de demolição.

- Olha seu Gastón, eu nunca quebrei um copo.

É verdade. Ela quebra logo uns três.

Justiça seja feita que aqui em casa ela nunca quebrou um copo mesmo... mas já deslocou a porta do armário, desconjuntou minha arara de roupas, estilhaçou um cristal de quartzo e separou as partes do meu barbeador elétrico.

Esse último me deixou espumando. Bom, eu gastei num barbeador elétrico mais do que eu pago durante 3 meses pra essa mulher limpar minha casa... e parcelei ele em 3 vezes mais tempo do que ela está aqui.

O negócio fica dentro do armário do lavabo, quietinho num canto, não incomoda ninguém, mal ocupa espaço. Pois eu fui fazer a barba domingo de manhã e tava faltando um pedaço que era, digamos, bem importante pro funcionamento geral do aparelho. Encontrei o pedaço no outro canto do armário e jurei:

- Se encaixar, ela continua. Se não encaixar, vamos precisar de uma nova Jô. Encaixou.

O que me resta é tomar minhas medidas anti-empregada fuzileira.

1 – eu lavo minha louça. Isso é tranquilo porque, com ou sem empregada, eu não deixo louça na pia. Se quebrar alguma coisa é culpa minha. E como sou eu que tenho que comprar outro mesmo, tá valendo.

2 – coisas que podem quebrar facilmente vão pra gaveta sexta de manhã e voltam pro lugar sexta à noite.

3 – ao comprar objetos para casa, levar em conta o grau de destruição em potencial. Criei uma escala Jô de devastação de objetos. Vai de 1 a 9.


Falando na Jô, muitos devem estar se perguntando o resultado da promoção “Qual o nome da Jô?”. Não consegui descobrir ainda. Mas tô precisando saber. Nada como chamar à atenção de alguém usando o nome completo. Algo como “Josicleide, o que significa isso?”

 
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